sábado, 29 de maio de 2010

UM MOMENTO DE CELEBRAR CONQUISTAS!



Cleise, Izabel e Mirian - três ativistas realmente comprometidas com a causa!!!

Daphne e Renata Rocha com a pequena Bia, embaixo.
Ao lado, a "Inessinha" e a Bia já no auditório militando pela causa.
E eu, importante, ao lado da representante da Secretaria de Estado da Saúde, Martha Alice Venâncio e outras militantes do Movimento BH Pelo Parto Normal.


O auditório do BDMG, na rua da Bahia, recebeu os integrantes do Movimento BH Pelo Parto Normal. O evento comemorou os 10 anos da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, lançou um livro com as palestras realizadas nos seminários sobre parto normal e homenageou os integrantes da Comissão Perinatal – da qual a ONG Bem Nascer faz parte – os representantes das maternidades municipais e os multiplicadores do Parto Normal. Também enfocou a redução da mortalidade materno/infantil.
Tenho certeza que os olhos de Sônia Lansky olhando aquela platéia lotada de parceiros, conquistados nos dez anos da Comissão Perinatal, sentiu-se temporariamente vitoriosa. Meio caminho andado. “Vim aqui celebrar a parceria, essa platéia lotada é uma conquista. Ainda há mortes maternas e infantis evitáveis. Já o índice de parto normais aumentou”. Informou a pediatra da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo ela, a maior parte das mulheres que morrem no parto é devido primeiramente à hipertensão, hemorragia, infecção e aborto. A meta 6 da ONU para o Milênio propõe a redução da mortalidade materno/infantil ¾ de 1990 a 2015. Informou que Belo Horizonte reduziu as suas taxas: eram 66 mortes por 100 mil mulheres. Em 2009 foram 43. “Mas exige de nós mais ações transformadoras”, disse na simplicidade essa mulher idealista. Ela quer evitar todas as mortes. Lamentou que em 2009, 3 mulheres morreram, já em 2010 foram 11.

UM MODELO PARA O BRASIL
Semana passada a encontrei nos corredores do Sofia Feldman com um grupo de profissionais de saúde do Nordeste, “estou horrorizada com a situação no Maranhão”. O Ministério da Saúde financiou a viagem dos profissionais para o contato com a Secretaria Municipal de Saúde, incluindo a visita ao Hospital Sofia Feldman. Belo Horizonte hoje é referência nacional.
Enfocou alguns problemas atuais como a banalização da cesariana, as intervenções desnecessárias e os efeitos adversos invisíveis, como a prematuridade dos bebês, que gera intervenções evitáveis.
Já a cesariana – comemorou - dá sinal de controle." De 2003 para cá, no âmbito do SUS a taxa de parto normal foi 63%. Saltou para 76%.” Ela acredita que foram as ações paralelas de cada um dos presentes, participantes do Movimento pelo Parto Normal, que estão surtindo efeito. E completou:
Lutamos pelo resgate da normalidade do parto, dar o protagonismo e a autonomia à mulher, pelo cuidado humanizado centrado na mulher, bebê e família, ver o parto como um evento mais sociológico e social”.
No slide: “Um sonho se torna realidade quando temos a vontade e a coragem de sonhar juntos”..
Fez um balanço dos últimos dez anos da Comissão Perinatal: 15 cursos de Formação de Multiplicadores, atingindo mais ou menos 250 a 300 pessoas. O curso em 2010 passou a fazer parte do projeto de extensão da Enfermagem Pelo Parto Normal, da UFMG.
Silvia Helena, Secretaria adjunta de Cidadania da PBH, se declarou emocionada com a homenagem à Sonia Lansky que “faz um trabalho belíssimo, a humanização do nascimento e a conscientização de todos pelo Parto Normal”. Suzana Ratz, também da Secretaria Municipal de Saúde lembrou os primeiros tempos, quando as mulheres perambulavam pelas maternidades procurando vagas para parir. Hoje elas são atendidas em qualquer porta que bater. Nos primeiros anos, fecharam maternidades com alto índice de mortalidade materno/infantil e começaram a conquistar direitos para as mulheres.
UMA REDE
Todos nós conhecemos a história. Sônia Lansky e Mirian Rego unidas teceram uma colcha de retalhos multifacetada, onde reuniu órgãos públicos e oficiais, ONGs, conselhos e órgãos de classes, maternidades...em torno do Movimento BH Pelo Parto Normal. Nós, da ONG Bem Nascer somos parceiros ativos dos movimentos em eventos e praças públicas. As mães e seus bebês e seus slings estão lá, inteiras, empoderadas, como ocorreu no evento, ontem. Mirian Rego é professora da PUC/MG e companheira da ONG Bem Nascer. trabalha pela mudança do modelo assistencial, transformar o parto em uma vivência fortalecedora e acredita na participação das mulheres. “Devemos multiplicar a idéia do parto normal, falar para as pessoas. Divulgar as boas práticas”, declarou.
Nossas mães com seus nenês, como as índias, amarrados com os panos bem próximos ao corpo, enriqueceram o evento. Deram credibilidade ao nosso trabalho, afinal, as mulheres e as crianças eram o foco naquele auditório.
Eu, que plantei a primeira semente dessa grande obra, que cresce como as plantas vigorosas por si mesma, naturalmente, fiquei emocionada e como disse na postagem anterior, subi ao pódio, eu e todas nós mulheres militantes da ONG Bem Nascer.

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