sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ele disse isto:


"QUEM NÃO LUTA PARA NASCER, NÃO LUTA PARA VIVER"

OTTO RANK - (Fonte: Infopédia)

Psicanalista e psicólogo austríaco, Otto Rank (inicialmente, Otto Rosenfeld) nasceu a 22 de abril de 1884,em Viena, e faleceu a 31 de outubro de 1939, em Nova Iorque.
Na sua juventude, entrou para o círculo de discussão de Freud e, em 1906, tornou-se secretário daSociedade Psicanalítica de Viena. Em 1912, obteve o doutoramento em Filosofia pela Universidade de Viena.Entre 1912 e 1924, foi editor do Internationale Zeitschrift für Psychoanalyse (trad. livre: JornalInternacional para a Psicanálise) e, em 1919, fundou uma editora, da qual também foi presidente, que sededicava apenas à publicação de trabalhos em psicanálise. Em 1926, foi para Paris, onde lecionou naUniversidade da Sorbonne e foi analista de artistas, tais como Henry Miller e Anaïs Nin, tendo tido com estaescritora uma relação amorosa. Entre 1926 e 1936, deu aulas e fez consultas ora nos Estados Unidos daAmérica, ora na Europa, sobretudo em Paris, tendo-se instalado definitivamente em Nova Iorque, em 1936.
No seu trabalho de investigação, Rank desenvolveu o conceito de vontade como força guia nodesenvolvimento da personalidade e que deu origem à "terapia da vontade". No seu entender, a vontadepodia ser um elemento positivo para controlar e usar a atividade instintiva da pessoa, libertando-se dasensação de culpa que a domina. Rank explorou também o conceito de inconsciente social. Divergindo deFreud, que valorizava o complexo de Édipo, Rank deu importância ao trauma, fator principal napsiconeurose, pois considerava que a ansiedade neurótica era uma repetição do fenómeno fisiológico donascimento. Nesse sentido, Rank procurou diminuir o tempo da terapia psicanalítica para apenas algunsmeses. O psicólogo preocupou-se ainda em clarificar o significado profundo dos mitos, utilizando, para isso,as técnicas freudianas.
Otto Rank escreveu vários livros dos quais se destacam Der Mythus von der Geburt des Helden (1909;trad. livre: Mito do nascimento do herói), Das Trauma der Geburt (1924, trad. livre: O trauma donascimento), Kunst und Künstler (1932, trad. livre: Arte e Artista), entre outros.
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Ele era da turma do Freud, Young....

Reflexão: Como é que ficam as milhares de crianças que estão sendo retiradas do útero de suas mães, muitas vezes prematuramente? Muitas delas carregam consequências por toda a vida por nascer em hora errada, antes do pulmão amadurecer. Eu acredito, também como Otto Rank, que a cirurgia cesariana pode deixar sequelas psicológicas, emocionais, comportamentais. Já ouvi de alguns psicólogos que percebem um comportamento nas pessoas que nasceram de cesárea: uma dificuldade de tomar decisões; começam coisas e nunca terminam...

Quem não luta para nascer, não luta para viver?

Desde a década de 70 a cesariana sofreu um boom. A ponto de mudar o paradigma do nascimento, a visão das pessoas sobre o ato natural de parir. Houve uma interferência enorme nos processos de parto e a cesariana passou a ser eleita por muitas mulheres e se tornou prática diária para muitos médicos. Chegamos então a 52% das crianças nascendo de cesárea em 2013.

Escolha das mulheres? Comodidade para os médicos? E uma enorme falta de informação.

 O governo federal tem cumprido sua parte com a criação da Rede Cegonha, um programa implantado em todo o Brasil e que se propõe a mudar o modelo de assistência. Passar de uma medicina mecânica, medicamentosa, intervencionista para a simplificação dos processos do parto, o retorno à fisiologia natural  da mulher. 
Como jornalista do Hospital Sofia Feldman entrevisto profissionais de todos os estados brasileiros. Eles passam ali - gestores e profissionais de saúde, arquitetos - para ver, na prática, como é atender em um modelo de assistência humanizada. A Rede Cegonha chega com custeio para as maternidades, reforma da ambiência interna (recomenda quartos com banheira para parto na água, com a bola de Pilates, bancos para parto de cócoras etc.) e, ainda, capacita os profissionais. Por isso, vejo que num trabalho de formiguinha as coisas começam a mudar. Os médicos mais velhos são os mais resistentes. Mas mesmo assim estão começando a adotar outras posturas. Um deles - do Norte do Brasil -  me disse: o mais difícil para mim foi colocar aquele menino melento em cima da mãe...Garantiu o pele a pele entre mãe e bebê logo após o nascimento. O outro, lá do Nordeste garantiu: cortar eu não corto mais. Ele não faz mais episiotomia. 

Mesmo assim, os índices de cesariana não abaixam. É preciso uma enorme boca no trombone. A ong Bem Nascer, que fundei e presido, faz esse papel. De informar as mulheres e a sociedade sobre as boas práticas no parto, sobre as evidências científicas, os métodos não farmacológicos de alívio à dor. Mostra à mulher que ela tem uma força interna, ela pode se empoderar na vivência do seu parto.

- Ah, eu nasci de cesárea, o que faço?

Olha, eu recomendo uma terapia que se chama Renascimento, onde você vivencia de novo aquela experiência e a re-significa. Para as mães, que passaram pelas milhares de cesarianas que não foram escolhidas por elas, mas pelos profissionais que a assistiram, aquelas que choram as cesáreas, as que dizem sentir que não pariram, acolham muito seus filhos na amamentação. A ocitocina que pode ter faltado numa cesárea sem hormônios, chega com o aleitamento. O vínculo pode ser feito.O amor, o acolhimento podem amenizar as possíveis consequências.

 O mestre Tomio Kikushi, introdutor da Macrobiótica no Brasil, chama a cesárea de horrorismo e disse que podem ocorrer problemas mais tarde nas crianças e mulheres. Em uma entrevista que concedeu ao Jornal Bem Nascer falou de câncer no útero, no seio, coisas do feminino. Sobre os bebês, ele diz que "elas não nasceram, foram retiradas". Foi negada a ela o direito de nascer conforme a sua natureza!
A questão é grave e diz respeito à ecologia do ser humano. Imagine só a metade dos brasileirinhos e brasileirinhas nascidas no ano passado podem ter dificuldades de se lançar, apresentar problemas pulmonares, começar projetos e não concluir...

Vamos refletir sobre tudo isto? 

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