sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MÃES FELIZES NO SOFIA

UM ENCONTRO EMOCIONANTE

As voluntárias da ONG que tiveram seus filhos naturalmente no Hospital Sofia Feldman foram hoje (sexta feira, dia 27 de novembro) homenagear o Centro de Parto Normal David Capistrano – que está completando 8 anos. Foram vestidas com a camisa ‘O SOFIA FAZ PARTO HUMANIZADO E O NENÊ JÁ NASCE FELIZ, levaram doações para a cozinha do hospital e entregaram o aparelho de ausculta, dividido entre elas através da lista da Internet.

Foram muito bem recebidas pela Enfermeira Obstetra chefe do Centro de Parto Normal, Nágela Santos – “a porta está sempre aberta para vocês. Recebemos aqui todo mundo, seja de qual classe social for” – a Carla ? e Lilian Coelho Lopes. A famosa Lilian, permanentemente citada na Roda Bem Nascer como o anjo da guarda das mulheres antes e durante o parto; ela faz escalda-pés e é extremamente carinhosa com todas as mulheres.

Quando o evento estava começando, chegaram três mulheres com filhinhos recém nascidos nos braços. Uma delas havia tido a criança de manhã. Todas inteiras, lindas, puderam ver mães de outro nível social, que migraram dos planos de saúde e hospitais privados para terem os partos como elas tiveram.

Lilian é encantadora. Parece uma índia, deve trazer de ancestrais sua sabedoria. “Quero agradecer a cada uma de vocês. Cada uma é um presentinho do cosmo. Quando a gente trabalha com prazer e qualidade, a vida agracia”. O trabalho com as terapias integrativas na obstetrícia foi recentemente reconhecido pelo Banco do Brasil, que sugere projetos para empresas desenvolverem responsabilidade social. Ela exibiu um vídeo com fotos muito lindo que iniciava com:

Bendita sois entre as mulheres!

Bendito seja o filho do vosso ventre!

Lilian contou que Juliana, que veio do Rio de Janeiro ter seu filho no Centro de Parto Normal e que terminou tendo um parto natural dentro do hospital – todos os dias volta lá. Ela, que é militante do movimento no Rio de Janeiro não cansa de contar seu parto, lindo, maravilhoso para outras mulheres. Ela com o nenê de 9 dias foi à mesa redonda dos médicos e deu testemunho que ter o filho dentro do Hospital Sofia Feldman –no caso dela por um problema não encaixou no protocolo do centro de parto normal – é tão humanizado e foi tão maravilhoso como seria na casa de parto intra -hospitalar.

AS MÃES FELIZES

A Geozelli chegou com o lindo Francisco. Depois foi a vez da Inessa com a Lívia arrasando nos olhos azuis e no sorriso aberto, confiado. A Daphne trouxe os dois e contou seus partos – um normal com todas as intervenções de rotina e o outro dos seus sonhos na banheira do Sofia, onde terminaram os nenês, ali reunidos para uma fotografia, que logo vou postar.

“Usei banheira, chuveiro, bola, caminhei rebolei, deitei, mas o Francisco não quis nascer na casa de parto. A diferença da minha cesárea para a cesárea eletiva é que ninguém me apressou. Essa cesárea foi minha. Esse parto foi meu. Porque, por mais que tenha centenas de pessoas, as pessoas estão centradas em você e isso é divino! Testemuhou Geozeli.

Divino. Essa palavra foi falada de novo com emoção de um jovem e lindo rapaz recém saído da suprema experiência. Ele é o companheiro da Lina – nossa companheira das Rodas Bem Nascer, conhecida da Sônia Lansky – que já estava com sua criaturinha nos braços e a avó coruja do lado.

“Ana Flor nasceu”. Foram suas primeiras palavras lançando no ar a maior novidade da sua vida. A Lina ta ali. Havia orgulho da Lina na sua voz. O João (Batista Lima) assistiu. Foi maravilhoso! Queria agradecer. Eu tinha um certo medo, mas a ONG me tranqüilizou, os relatos das mulheres mostram que é tudo normal. Recebemos apoio total. A ONG é um movimento feminino que atinge os pais, os homens. Está vindo do meu coração mesmo, muito importante. O que senti?Foi maravilhoso ver a Lina forte, o poder que ela tem. Temos muito amor, carinho um com o outro. Foi uma experiência maravilhosa!

Agora contando eu revivo a emoção dele e ainda me toca. A Camila e a sua linda Diana, faço idéia essas crianças quando crescerem.

“O parto é o resgate do feminino. O resgate do feminino traz à tona a doença do masculino” Tanto compreendeu Camila em tão pouco tempo. Mãezona, não desgruda da pequena e viu seu parto na tela, no vídeo da Lílian.

“Pari no quarto Leila Diniz”, contou.

Agora dei pra dizer por aí que vou trabalhar muito muito para ganhar o nome de um quarto de parto no Sofia. Brinquei: vou parir no Cleise Soares ou no Sônia Lansky...

“Leila Diniz passou pela vida causando polêmica, mas viveu com alegria e bom humor. A atriz Camila contou que ouviu falar do Sofia há muitos anos através de uma parteira argentina, que por sua vez havia ouvido falar por uma americana." O Hospital Sofia Feldman é reconhecido internacionalmente."

A psicóloga Daphne – “antes de tudo sou mulher e mãe” contou seus partos, o primeiro normal com todas as intervenções e procedimentos iatrogênicos e o segundo, o parto dos seus sonhos na banheira da centro de parto normal.“Passei pelos escalda-pés da Lilian, o marido dentro da banheira comigo, a retomada do parto das antigas, da minha mãe, da minha avó. Sou considerada doida, tive o filho na água e carrego o nenê num pano.”

Carolina Giovanini estava com sua pequena no sling e contou sua história:
“tenho plano de saúde, os médicos falaram mal do Sofia, minha família não entendia, meu marido não queria o SUS, meu amigos criticavam... Aqui a gente tem o parto sem anestesia e o menino não vai para o berçário. O primeiro tive com ocitocina, anestesia, eu não pedi nada, eles foram aplicando, fizeram episiotomia, que deixou seqüelas. Nós queremos mostrar que fomos muitos felizes no Sofia”.

A história da Daniela é interessante. Ela teve seu primeiro filho de cesárea. Com 38 semanas recebeu a notícia que o ambiente uterino não estava mais favorável ao nenê. Foi feita a cesárea. Depois, ela ficou sabendo que o médico havia saído de férias no dia seguinte.

“Eu tinha medo de ser vítima do mito´primeira cesárea, segunda cesárea`. Fui à Roda Bem Nascer e conheci as evidências científicas. Mudei de médico com 34 semanas e pari no centro de parto normal. Meu filho Pedro assistiu o parto e ficou com a impressão não da dor mas ´tem que fazer muita força, não é mãe?” Ele ficou comigo na banheira durante o período expulsivo dizendo, mãe, faz força!

O pequeno Pedro doulou a mãe e hoje “a relação do Pedro e do Daniel é encantadora”. Sua mãe ficou cantando hinos de louvores. “Somos uma família transformada. Meu pai se transformou, é um novo homem. A relação com os filhos mudou. Que Deus continue abençoando esse trabalho maravilhoso de nascer feliz.”

A ONG Bem Nascer e o seu movimento Mães Felizes com o Sofia – criado sob inspiração da nossa companheira Inessa Magalaguth e imediatamente aceito pelas voluntárias, incansáveis da causa - foram recebidos com muito carinho no Hospital Sofia Feldman.

Um comentário:

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