quarta-feira, 9 de junho de 2010

O QUE É EPISIOTOMIA?

Está comprovado: parir de cócoras diminui o risco de lacerações e evita a episiotomia.

A episiotomia, introduzida na Obstetrícia em 1742, é uma incisão no períneo, grupo de músculos que vai da vagina ao ânus, feita para ampliar a abertura vaginal e facilitar a saída do nenê durante o trabalho de parto normal. Praticada em cerca de 80% dos partos, quando a taxa ideal seria de 20%, a incisão está na mira das autoridades de saúde desde que a Medicina Baseada em Evidências Científicas provou que, na maioria dos casos, não protege nem a mãe, nem o bebê. Ao contrário, seria responsável por um número maior de infecções pós-operatórias, hemorragias e até rebaixamento da bexiga. Diante desses resultados, a tendência mundial é restringir o uso da episiotomia.
Há dois benefícios relevantes: primeiro, não se faz o corte na mulher (que implica em uso de anestesia e risco de infecção) e a musculatura perineal se mantém íntegra, já que nem sempre o obstetra consegue recompôr o assoalho pélvico como antes, o que pode facilitar o afrouxamento da região e o rebaixamento da bexiga, levando à incontinência urinária.
O abuso da "episio" remete a outra questão importante: como o parto é conduzido. Dar a luz na posição inclinada - e não deitada - facilita o nascimento e diminui a episiotomia. Quanto ao medo de lesões, vale saber: "As lesões que se pode causar à mulher ao cortar o músculo perineal, entre a vagina e o ânus, são piores que as pequenas lacerações", segundo a enfermeira obstetra Ana Cristina d´Andretta Tanaka, do Departamento de Saúde Materno Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP. Pela experiência de atendimento no Hospital de Itapecerica da Serra, em São Paulo, a enfermeira observou que 50% dos partos normais acabam não tendo laceração alguma. Perguntamos: por que mutilar todas as mulheres?
Os músculos pélvicos controlam o fluxo de urina, a contração (aperto) da vagina e o bom fechamento do ânus. Um assoalho pélvico saudável tem um bom tônus (firmeza) e elasticidade. Antigamente acreditava-se que para preservar a vagina e a vulva, o ideal era fazer episiotomia em todas as mulheres. Hoje sabe-se que, na maioria das vezes, a episiotomia é mais prejudicial do que benéfica e que deve ser evitada, pois piora o estado genital as mulheres ao invés de preservá-lo.

EXERCÍCIO PARA O ASSOALHO PÉLVICO

Para localizar esses músculos, faça o seguinte: Tente parar o fluxo de urina quando estiver sentada no vaso sanitário. Se você conseguir, está usando os músculos certos. Este exercício pode ser feito em qualquer posição ou lugar; enquanto espera em uma fila, no seu trajeto no ônibus ou no carro, parada no trânsito etc. Faça uma contração e sinta os esfíncteres ficando mais apertados e as passagens internas (vagina, uretra e ânus) mais fechadas. Conte até cinco e relaxe. Repita 10 vezes. À medida que você for ficando mais forte nesta área, aumente as repetições. O ideal é chegar a 50 vezes três vezes ao dia.
Uma dica: alimentação vegetariana no final da gravidez ajuda a tornar os tecidos mais flexíveis.

Esta matéria foi publicada no Jornal Bem Nascer/nº3, com a contribução da fisioterapeuta Christina Barra. Fontes pesquisadas: Kátia Stringueto-Saúde da Mulher-Saúde Paulista-ano2-=nº7-jul/ago/set 2002
Giselle Tomasso
Informações : www.epm.br/comunicacao/sp/ed07/reports1.htm
www.xoepisio.blogger.com.br

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