terça-feira, 7 de abril de 2009

PARTO DOMICILIAR É TEMA DA PRÓXIMA RODA


RODA BEM NASCER MUNICIPAL

No próximo sábado, dia 11 de abril de 2009, às 14h30, no coreto do Parque Municipal, em Belo Horizonte.
Tema: PARTO DOMICILIAR – MITOS E VERDADES
O tema será desenvolvido pela coordenadora da Roda Bem Nascer Municipal, a enfermeira obstetra, Mirian Rego, que é também integrante da ONG Bem Nascer e da Abenfo (As.Bras.Enferm.Obst)
Mulheres que tiveram seus filhos em seus domicílios estão convidadas a dar seus depoimentos.
A entrada é franca.
Levar contribuição para o lanche coletivo.

PARTO EM CASA

Minha mãe, nos anos 50, teve alguns filhos em casa, assistida por um médico de alma, Dr. Luís Introcaso Neto. Vale aqui o nome completo. Naquele tempo, médico era para atender todos os tipos de doença e também atendia partos. Ele era daqueles médicos que só de olhar, diagnosticava, não precisava de toneladas de raios X como os médicos de hoje. E não cobrava as consultas, vivia do escambo, das retribuições que a cidade lhe fazia. Assim ganhou carro e casa, pencas de banana e dúzias de ovos. Quando a mulher chegava pedindo algum dinheiro, ele dizia: abre a gaveta, está cheia de Deus lhe pague!

As doulas eram a mãe, as tias, as vizinhas mais amigas. Crianças e marido ficavam longe. Mamãe se enfiava no quarto, quando abria a porta a nossos olhos, havia um menino, um novo recém nascido. Ela teve sete filhos. Muitas mulheres da cidade de Carmo do Rio Claro de então, tiveram seus filhos com parteiras. Todas se cercavam de orações de proteção. Minha avó Beatriz era mensageira de fé e levava para todas as gestantes da cidade o quadro da Nossa Senhora do Bom Parto, uma faixa para amarrar na cintura e as pílulas do Frei Galvão.

Agora, começamos beber das fontes antigas. Na sociedade moderna ser antigo é ser antiquadro, fora de moda, ultrapassado, velho então não vale nada, não é como na India, Japão em que são respeitados como sábios. Para muitos, voltar à ancestralidade é andar para trás. Não concordamos. A mulher perdeu tanto o seu contato com seu corpo, com sua feminilidade natural, que precisa sim beber de fontes antigas, onde a ecologia do ser ainda estava preservada. Aprender com os índios. Aprender com as mulheres da década de 50 para trás, onde a cultura da cesárea ainda não prevalecia.

O maior ser que a humanidade já conheceu – Jesus Cristo – nasceu na simplicidade de uma manjedoura, entre animais. Está no simples o segredo da vida.

Hoje se tem a oportunidade de ter parto em casa com todo amparo da medicina e sem perder a companhia das mulheres, que sempre estiveram presentes no parto, uma ao lado da outra em todos os tempos.
Nos grandes centros, as parteiras são gabaritadas, são acadêmicas e as que fazem partos em casa estão amparadas por um hospital – onde deixam ambulâncias de prontidão – elas levam aparelhos de oxigênio e se cercam de todos os cuidados. São formadas para isto, Parteiras preparadas. Elas sempre vão em duas. Mas muitas vezes – como foi o caso da Kalu (com a Sibylle Campos) e a Alessandra Meira (com Mirian Rego) os partos foram tão tranqüilos que elas chegaram a tempo apenas de pegar os meninos.


Mirian Rego vai tirar todas as dúvidas das gestantes presentes. Venha compartilhar conosco dessa experiência tão prazerosa que é a Roda Bem Nascer.

Esse tema PARTO DOMICILIAR – recado para as companheiras que vão viajar na semana santa – voltará outras vezes às Rodas Bem Nascer.


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